Isto era mesmo necessário?
Eu sei que coisas más acontece a toda a gente e que às vezes a calma é a nossa maior aliada para lidar com a maioria das situações. O problema aqui é que eu apesar de me considerar bastante calma, tenho limites e ultimamente fico stressada por tudo e por nada.
A principal razão suponho que seja porque estou neste momento em casa a tomar conta de uma pessoa com Demência Foco-temporal. O que é isso? Não sei muito bem mas pelo que tenho observado é uma doença degenerativa no cérebro que faz com que as pessoas se esqueçam de quase tudo o que se passa num passado recente mas que dificilmente se esquecem do que se passou num passado mais distante. Não é exactamente como o Alzheimer, mas é algo semelhante.
A Demência em si não causaria um problema tão grande se a pessoa em questão não fosse diabética e não lhe tivessem amputado um dedo dum pé. Ambas as doenças seriam fáceis de se lidar sozinhas, mas como é que se impede uma pessoa que foi activa toda a sua vida com uma doença que a "obriga", por assim dizer, a ir a todo o lado e nunca estar parado, a ficar quieta até sarar uma ferida num pé?! A pessoa que está responsável por esse doente, não quer que lhe administremos sedativos, o que me dificulta o trabalho a mim.
É que estar todo o dia a cuidar de alguém é demasiado cansativo e stressante. Eu só queria uns dias de paz!! Longe desta loucura.
Neste momento um dos meus maiores medos é que esta doença seja passada para mim e para os filhos que eu possa vir a ter ou para os meus irmãos e para os meus possíveis sobrinhos!
Outra razão que me faz ficar irritadíça é o facto de eu ser uma malandra com medo de começar um trabalho numa área que estudou e que falhe redondamente. Eu até tenho alguma confiança nas coisas que aprendi, mas e se eu vou para um sitio onde os métodos de trabalho sejam diferentes do que eu aprendi e que eu vá para lá sem humildade nenhuma a achar que eu é que sei tudo? Porque eu sei que vou fazer isso!!! Conheço-me o suficiente para saber isso! E como se isso não bastasse vou ter que fazê-lo num país com uma língua diferente em que eu ainda não possuo muito vocabulário nem me sinto muito à vontade. Sei que é ilogico porque toda a gente passa pelo mesmo e depois ultrapassam o medo e vão em frente e depois são bem-sucedidos. Mas é muito importante para mim que eu seja bem-sucedida!
E antes há a questão das entrevistas!! Eu sei lá o que é que eu vou dizer para convencer as pessoas de que sou ideal para o trabalho?! E as minhas qualificações são suficientes para me garantirem um bom lugar de trabalho num país estrangeiro quando claramente não o são no meu país de origem?!
A minha mente está cheia de dúvidas e em vez de me fazer agir sinto-me paralisada! Como se toda a negatividade existente em mim me estivesse a dizer que vou falhar redondamente e que me vou tornar num fardo para as pessoas que amo de uma maneira ou de outra.
Não me vou por a chorar por algo assim, mas o mais provável é que acabe por me fechar em mim mesma e que não deixe ninguém ajudar-me por pensar que ninguém sente o mesmo que eu!
Realmente o meu cérebro funciona de uma forma estranha: eu sei que tenho capacidades e que me consigo colocar na pele dos outros, mas depois não consigo que a parte racional se sobreponha a parte emocional e que tenha mais controle sobre mim do que o lado racional.
A sério que preciso de ajuda...
A principal razão suponho que seja porque estou neste momento em casa a tomar conta de uma pessoa com Demência Foco-temporal. O que é isso? Não sei muito bem mas pelo que tenho observado é uma doença degenerativa no cérebro que faz com que as pessoas se esqueçam de quase tudo o que se passa num passado recente mas que dificilmente se esquecem do que se passou num passado mais distante. Não é exactamente como o Alzheimer, mas é algo semelhante.
A Demência em si não causaria um problema tão grande se a pessoa em questão não fosse diabética e não lhe tivessem amputado um dedo dum pé. Ambas as doenças seriam fáceis de se lidar sozinhas, mas como é que se impede uma pessoa que foi activa toda a sua vida com uma doença que a "obriga", por assim dizer, a ir a todo o lado e nunca estar parado, a ficar quieta até sarar uma ferida num pé?! A pessoa que está responsável por esse doente, não quer que lhe administremos sedativos, o que me dificulta o trabalho a mim.
É que estar todo o dia a cuidar de alguém é demasiado cansativo e stressante. Eu só queria uns dias de paz!! Longe desta loucura.
Neste momento um dos meus maiores medos é que esta doença seja passada para mim e para os filhos que eu possa vir a ter ou para os meus irmãos e para os meus possíveis sobrinhos!
Outra razão que me faz ficar irritadíça é o facto de eu ser uma malandra com medo de começar um trabalho numa área que estudou e que falhe redondamente. Eu até tenho alguma confiança nas coisas que aprendi, mas e se eu vou para um sitio onde os métodos de trabalho sejam diferentes do que eu aprendi e que eu vá para lá sem humildade nenhuma a achar que eu é que sei tudo? Porque eu sei que vou fazer isso!!! Conheço-me o suficiente para saber isso! E como se isso não bastasse vou ter que fazê-lo num país com uma língua diferente em que eu ainda não possuo muito vocabulário nem me sinto muito à vontade. Sei que é ilogico porque toda a gente passa pelo mesmo e depois ultrapassam o medo e vão em frente e depois são bem-sucedidos. Mas é muito importante para mim que eu seja bem-sucedida!
E antes há a questão das entrevistas!! Eu sei lá o que é que eu vou dizer para convencer as pessoas de que sou ideal para o trabalho?! E as minhas qualificações são suficientes para me garantirem um bom lugar de trabalho num país estrangeiro quando claramente não o são no meu país de origem?!
A minha mente está cheia de dúvidas e em vez de me fazer agir sinto-me paralisada! Como se toda a negatividade existente em mim me estivesse a dizer que vou falhar redondamente e que me vou tornar num fardo para as pessoas que amo de uma maneira ou de outra.
Não me vou por a chorar por algo assim, mas o mais provável é que acabe por me fechar em mim mesma e que não deixe ninguém ajudar-me por pensar que ninguém sente o mesmo que eu!
Realmente o meu cérebro funciona de uma forma estranha: eu sei que tenho capacidades e que me consigo colocar na pele dos outros, mas depois não consigo que a parte racional se sobreponha a parte emocional e que tenha mais controle sobre mim do que o lado racional.
A sério que preciso de ajuda...
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